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domingo, 17 de abril de 2011

Slash e sua guitarra fazem tremer o HSBC em São Paulo




O HSBC Brasil foi cenário na quinta-feira, 07 de abril, de um show com características de celebração. O público que compareceu maciçamente veio conferir a performance do guitarrista Slash, o eterno ex-Gun’s and Roses. Casa lotada e o show de abertura, às 20h30, ficou a cargo do Tempestt que apresentou sete músicas, dentre elas como de praxe, dois covers: "Don''t Stop Believin''” do Journey e “Back in Black” do AC/DC. Dificilmente bandas de abertura acrescentam alguma coisa ao espetáculo, mesmo que sejam da melhor qualidade. Dessa vez não foi diferente.

Pontualmente às 21h30, com cenário minimalista composto apenas por um painel trazendo o desenho da capa de seu último CD e ao som do nosso hino nacional, Slash entrou em cena com um solo de guitarra que prenunciava o início de “Ghost”. Acompanhado de Myles Kennedy (Alter Bridge) nos vocais, do baixista Todd Kerns (The Sin City Sinners), do baterista Brent Fitz (Alice Cooper) e do guitarrista base Bobby Schneck (Weezer), o músico estava paramentado de modo característico: cartola sobre a vasta cabeleira encaracolada e óculos escuros.

A noite serviu para que o guitarrista fizesse uma verdadeira retrospectiva de sua trajetória musical, para delírio dos fãs. Além de músicas do disco solo como, por exemplo, “Back From Cali” e “Starlight” (dedicada às vítimas do terremoto do Japão), foram apresentados hits de bandas da qual o músico fez parte, o Slash''s Snakepit, o Velvet Revolver e claro, o Guns N'' Roses.

“Mean Bone”, “Sucker Train Blues”, “Fall To Pieces”, “Nightrain”, “Rocket Queen”,
“Civil War” e “My Michelle” foram algumas delas. Todas, por sinal, muitíssimo bem interpretadas por Myles Kennedy com seu vozerio poderoso, muito carisma e enorme simpatia (ao contrário do seu “rival”, o chato Axl). O mesmo pode ser dito do baixista, que interagiu bastante com a platéia, sendo responsável por belos backings, além de cantar por inteiro “We''re All Gonna Die”.

Quanto a Slash, dono do pedaço, econômico na comunicação com o público, tocou como quis, improvisou, chegou a usar slide, deu passinhos à la Angus Young e fez longos solos. Exageradamente longos, por vezes até cansativos, como a querer provar um virtuosismo que não lhe é característico. Um bom músico também pode ser aquele capaz de criar agradáveis e marcantes riffs e isso ele sabe fazer de sobra.

Toda celebração tem um clímax e este se deu quando o músico carregou ainda mais na energia para executar a clássica “Sweet Child O''Mine”. A platéia, que não parou de cantar, pular e gritar durante todo o espetáculo ficou ensandecida e retribuiu à altura (até mesmo várias muletas foram erguidas ao final, compondo uma cena inusitada).
Para coroar a noite, o bis encerrou o show de forma apoteótica com “Paradise City”.
Uma verdadeira comunhão entre o astro, sua guitarra e seus fiéis seguidores.

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